Origem das Telecomunicações
É
difícil hoje em dia imaginarmos nosso mundo sem utilizarmos as facilidades
providas pelas telecomunicações. Se não é possível imaginar como viveríamos
hoje sem nos comunicar através do sistema de telefonia desenvolvido por
Alexandre Bell, imagine nossa civilização desprovida de ferramentas como a
rádio difusão, as comunicações por satélite, ou sem as transmissões de dados
providas pelas fibras ópticas que hoje conectam os cinco continentes.
As telecomunicações constituem
um ramo da engenharia elétrica que contempla o
projecto, a implantação, manutenção e controles de redes de sistemas de comunicações (satélites,
redes telefónicas, televisivas, emissora de rádio, internet, entre outros). Do
século XIX ao século XXI as telecomunicações vêm revolucionando a vida das
pessoas, colocando-as cada vez mais perto uma das outras. Se no princípio foi
de forma tímida, agora as mudanças são profundas e rápidas impulsionando a
economia do planeta e influenciando no modo de vida das pessoas.
O principal objectivo das telecomunicações é suprir a necessidade humana de se comunicar à distância.
Telecomunicações
O conceito de telecomunicação abarca todas
as formas de comunicação à distância. A palavra inclui o prefixo grego “tele”,
que significa “distância” ou “longe”. Como tal, a telecomunicação é uma técnica
que consiste na transmissão de uma mensagem de um ponto para outro, geralmente
com a mais-valia de ser bidireccional. A telefonia, o rádio, a televisão e a
transmissão de dados através de computadores fazem parte do sector das
telecomunicações.
Por telecomunicações entende-se um
conjunto de dispositivos e técnicas para a transmissão de informações
instantâneas a longa distância. Essa transmissão pode ser de voz, sinais
gráficos, dados, imagens ou sinais de televisão. Todos eles têm os mesmos
princípios fundamentais, mas se diferem na forma de manipular as informações e
nos meios utilizados para transmiti-las. Por exemplo, sistemas de telegrafia,
telefonia, televisão e redes de dados informatizados transmitem informações por
meio da radiocomunicação, transmissão por cabo, por satélites artificiais e por
fibras ópticas.
Origens
das Telecomunicações
Foi
o físico inglês James Clerk Maxwell quem implementou as bases para o
desenvolvimento da telecomunicação, ao introduzir o conceito de onda
electromagnética para descrever através das matemáticas a interacção entre a
electricidade e o magnetismo. Posto isto, Maxwell terá afirmado que era
possível propagar ondas pelo espaço livre ao utilizar descargas eléctricas,
algo que viria a ser comprovado por Heinrich Hertz em 1887.
A
história das telecomunicações começou a desenvolver-se na primeira metade do
século XIX, com a invenção do telégrafo eléctrico por Samuel Morse em 1844 (que
permitia enviar mensagens com letras e números). Posteriormente, apareceu em
1876, Alexandre Graham Bell com a invenção do telefone, que veio acrescentar a
possibilidade de comunicar com recurso à voz. Em 1895 Marconi, com as ondas de
rádio, a comunicação sem fios chegou para fazer uma autêntica revolução nos
hábitos da humanidade.
Telégrafo eléctrico
Samuel Finley Breese Morse foi um inventor americano que se tornou conhecido por criar
o telégrafo elétrico, em 1837. Morse também patenteou o código Morse,
desenvolvido por Alfred Vail. O telégrafo é um sistema que manda mensagens de
um ponto para outro em grandes distâncias. As mensagens são enviadas por meio
de códigos, sendo transmitidas através de um sistema formado por fios.
Em sua carreira, Morse
recebeu inúmeros prêmios pelas suas descobertas. O telégrafo se tornou o
principal meio de comunicação utilizado pelas indústrias e pelos países nas
guerras, durante o século XIX e começo do século XX. Na metade do século XX, o telégrafo
perdeu espaço para o telefone.
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Código Morse |
Telefone de Bell
Alexander Bell se
destacou como a grande figura mundial das telecomunicações pela sua invenção. O
telefone, este objeto que fascinou o mundo, no final do século XIX e hoje
parece tão familiar, é o resultado de muitos esforços e invenções para
conseguir que a voz humana fosse transmitida através de longas distâncias. Sua
história teve início na oficina de Charles Williams, localizada na cidade de
Boston, e onde também trabalhava Tomás A. Watson, pessoa que sentia entusiasmo
e simpatia por coisas novas, e se dedicava, em tempo integral, à invenção e ao
aperfeiçoamento de aparelhos elétricos.
Foi nesta mesma oficina que se deu o
encontro entre Watson e Alexander Graham Bell, que
havia estudado na Universidade de Boston, era professor de fisiologia vocal, e
tinha se especializado no ensino da palavra visível. Bell tinha a intenção de
aperfeiçoar seu “telégrafo harmônico”, aparelho com o qual pretendia transmitir
em código Morse de seis a oito mensagens simultâneas. Foi assim que Graham Bell
chegou àquela oficina, procurando suporte tecnológico para sua invenção, e
começou a trabalhar com Watson. Mais adiante, Bell disse a Watson estas
palavras:
“Se eu pudesse fazer com que uma corrente elétrica variasse de intensidade da mesma forma que o ar varia ao se emitir um som, eu poderia transmitir a palavra telegraficamente.” Esta foi a chave do invento que viria a se chamar telefone.
Em 14 de fevereiro de 1876, ele ingressou
com o pedido de patente de seu invento na US Patent Office, algumas horas antes
de outro inventor, Elias Gray, patentear o seu. Os historiadores costumam dizer
que Gray perdeu a chance de obter o título de inventor do telefone porque lhe
faltou a sorte e não pôde contar com um modelista talentoso como Thomas Watson
que trabalhou junto com Bell no desenvolvimento do protótipo do primeiro
telefone.
Na exposição do Centenário da
Independência dos Estados Unidos, na Filadélfia, ocorrida em 25 de junho de
1876, Graham Bell demonstrou, pela primeira vez em público, que seu invento
falava. E foi o imperador D. Pedro II, único monarca convidado para aquela
festa, quem inaugurou o telefone. A uma distância de 150 metros, ele pôde ouvir
Graham Bell declamar o famoso verso de Shakespeare: “To be or not to be…” Com o
fone no ouvido ele exclamou maravilhado: “My God, it talks!”
Radiofonia
Guglielmo Marconi (1874 – 1937) foi um físico
e inventor italiano, o considerado pioneiro da rádio, e um empresário de
sucesso. Tinha apenas 23 anos de idade quando patenteou um sistema de telegrafia
sem fios que lhe assegurou o monopólio das radiocomunicações e, mais tarde, o Prêmio
Nobel.
Inventor
do primeiro sistema prático de telegrafia sem fios (TSF). Marconi se baseou em
estudos apresentados em 1897 por Nikola Tesla para em 1899 realizar a primeira
transmissão através do Canal da Mancha. A teoria de que as ondas
electromagnéticas poderiam propagar-se no espaço, formulada por James ClerkMaxwell, e comprovada pelas experiências de Heinrich Hertz, em 1888, foi
utilizada por Marconi entre 1894 e 1895. Em 1894, quando transformou o celeiro
da casa onde morava em laboratório e estudou os princípios elementares de uma
transmissão radiotelegráfica, uma bateria para fornecer eletricidade, uma
bobina de indução para aumentar a força, uma faísca elétrica emitida entre duas
bolas de metal gerando uma oscilação semelhante as estudadas por HeinrichHertz, um Coesor, como o inventado por Édouard Branly, situado a alguns metros
de distância, ao ser atingido pelas ondas, acionava uma bateria e fazia uma
campainha tocar.
Em 1896, foi para a Inglaterra, depois de
verificar que não havia nenhum interesse por suas experiências na Itália. Em
1899, teve sucesso na transmissão sem fios do código Morse através do Canal daMancha. Dois anos mais tarde, conseguiu que sinais radiotelegráficos (a letra S
do código morse) emitidos de Inglaterra, fossem escutados claramente em St.
John's (Terra Nova, hoje parte do Canadá), atravessando o Atlântico Norte. A
partir daí, fez muitas descobertas básicas na técnica rádio.
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